Motivo da flor de lis ser usada como símbolo do Escotismo

Por que a flor de liz é usada como um dos símbolos do escotismo:A maioria dos escoteiros sabe que a Flor de Lis é o símbolo do Escotismo, mas poucos saberão responder porquê essa flor foi escolhida. Se você não sabe, conheça agora a história desse símbolo maior do Movimento Escoteiro.

Escolhida por Baden-Powell, a Flor de Lis apareceu pela primeira vez como símbolo do Movimento Escoteiro em 1907.
 Desenhada na cor amarelo-ouro, no centro de uma bandeira verde, ela foi hasteada ao lado da bandeira inglesa no primeiro acampamento escoteiro realizado em Brownsea, uma ilha no sul da Inglaterra.

Mas por que uma flor teria sido escolhida por B-P como símbolo desse Movimento?

Antigamente, a Flor de Lis era desenhada nas cartas náuticas para indicar o norte na Rosa dos Ventos. Nessas cartas a Flor de Lis representava o sentido de direção, e era exatamente esse sentido que Baden-Powell idealizava para o símbolo do Escotismo.

Antes disso, a Flor de Lis foi usada como símbolo da Monarquia Francesa desde o século XII, que curiosamente escolheu uma flor para representá-la, ao contrário das outras monarquias européias que escolheram animais como leões e águias. A imagem da Flor de Lis era associada com a pureza de espírito, luz e perfeição. A partir do século XIV os reis ingleses passaram a usar a imagem da Flor de Lis, alegando seus direitos sobre o trono francês.

A simbologia da Flor de Lis é toda baseada em valores como a fraternidade, os deveres para com o próximo e a união. Convenientemente para B-P, as pétalas que a compõem podem representar as três partes da Promessa Escoteira (e os três dedos da nossa saudação escoteira), que remetem para os deveres do escoteiro para com Deus, para com o próximo e para consigo mesmo. A Flor de Lis resume em sua imagem, os valores de excelência que devemos carregar na nossa vida pessoal, no nosso relacionamento com as outras pessoas, e em todas as atitudes que refletem um caráter íntegro e humanitário.

A Flor de Lis representa também o esforço de Fazer o Melhor Possível, o compromisso de Estar Sempre Alerta e a alegria de Servir; os três lemas que conjugam os ideais do Escotismo Mundial em seus diversos ramos.

Hoje a Flor de Lis representa o Escotismo pelo mundo afora, identificando todos os países que pertencem à Fraternidade Mundial Escoteira. Para distinguir uma nacionalidade da outra, muitas vezes o emblema nacional de cada país é colocado junto à Flor de Lis. No Brasil, o Selo da República, com o círculo de estrelas e o Cruzeiro do Sul é utilizado para esse fim.

História do Escotismo


É impossível falar da história do Escotismo sem falar da vida de seu fundador, Baden-Powell.
Baden-Powell
Baden-Powell
Robert Stephenson Smyth Baden-Powell nasceu em Londres, Inglaterra, a 22 de fevereiro de 1857. Seu pai era o reverendo H. G. Baden-Powell, professor em Oxford. Sua mãe era filha do almirante inglês W. T. Smyth. Seu bisavô, Joseph Brewer Smyth, tinha ido como colonizador para Nova Jersey (EUA) mas voltou para a Inglaterra e naufragou na viagem de regresso.
Seu pai morreu quando Robert tinha aproximadamente 3 anos, deixando a sua mãe com sete filhos, dos quais o mais velho não tinha ainda 14 anos. Havia com freqüência momentos difíceis para uma família tão grande, mas o amor mútuo entre mãe e filhos ajudava-os a continuar em frente.
Robert viveu uma bela vida ao ar livre com seus quatro irmãos, excursionando e acampando com eles em muitos lugares da Inglaterra.
Em 1870 B-P ingressou na Escola Charterhouse em Londres com uma bolsa de estudos. Não era um estudante que se destacasse especialmente dos outros, mas era um dos mais vivos. Estava sempre metido em tudo que acontecia no pátio do colégio, e cedo se tornou popular pela sua perícia como goleiro da equipe de futebol de Charterhouse.
Seus camaradas da escola muito apreciavam suas habilidades como ator. Sempre que pediam,ele improvisava uma representação que fazia a escola toda morrer de rir. Tinha também vocação para a música, e seu dom para o desenho permitiu-lhe mais tarde ilustrar todas as suas obras.
Aos 19 anos B-P colou grau na Escola Charterhouse e aceitou imediatamente uma oportunidade de ir à Índia como subtenente do regimento que formara a ala direita da cavalaria na célebre “Carga da Cavalaria Ligeira” da Guerra da Criméia.
Além de uma carreira excelente no serviço militar (chegou a capitão aos vinte e seis anos), ganhou o troféu esportivo mais desejado de toda a Índia, o troféu de “sangrar o porco”, caça ao javali selvagem, a cavalo, tendo como única arma uma lança curta. Vocês compreenderão como este esporte é perigoso ao saber que o javali selvagem é habitualmente citado como “o único animal que se atreve a beber água no mesmo bebedouro com um tigre”.
Em 1887 B-P participou da campanha contra os Zulus na África, e mais tarde contra as ferozes tribos dos Ashantís e os selvagens guerreiros Matabeles. Os nativos o temiam tanto que lhe davam o nome de “Impisa”, o “lobo-que-nunca-dorme”, devido a sua coragem, sua perícia como explorador e sua impressionante habilidade em seguir pistas.
As promoções de B-P na carreira militar eram quase automáticas tal a regularidade com que ocorriam até que, subitamente se tornou famoso.
Corria o ano de 1899 e Baden-Powell tinha sido promovido a Coronel. Na África do Sul estava se fermentando uma agitação e as relações entre a Inglaterra e o governo da República de Transvaal tinha chegado ao ponto do rompimento. B-P recebeu ordens de organizar dois batalhões de carabineiros montados e marchar para Mafeking, uma cidade no coração da África do Sul. “Quem tem Mafeking tem as rédeas da África do Sul”, era um dito corrente entre os nativos, que se verificou ser verdadeiro.
Veio a guerra, e durante 217 dias (a partir de 13 de outubro de 1899) B-P defendeu Mafeking cercada por forças esmagadoramente superiores do inimigo, até que tropas de socorro conseguiram finalmente abrir caminho lutando para auxiliá-lo, no dia 18 de maio de 1900.
Procure “Mafeking” em seu dicionário de inglês e junto a esta palavra   você encontrará duas outras criadas neste dia tumultuoso derivadas do nome da cidade africana: “maffick” e “maffication” significando “celebração tumultuosa”.
B-P promovido agora ao posto de major-general tornou-se um herói aos olhos de seus compatriotas. Foi como um herói dos adultos e das crianças que em 1901 ele regressou da África do Sul para a Inglaterra e descobrir, surpreso, que a sua popularidade pessoal dera popularidade ao livro que escrevera para militares: Aids to Scouting (Ajudas à Exploração Militar). O livro estava sendo usado como um compêndio nas escolas masculinas. B-P viu nisto um desafio. Compreendeu que estava aí a oportunidade de ajudar a juventude. Se um livro para adultos sobre as atividades dos exploradores podia exercer tal atração sobre os rapazes e servir-lhes de fonte de inspiração, outro livro, escrito especialmente para rapazes poderia despertar muito maior interesse.
Ilha de Brownsea
Ilha de Brownsea
Pôs-se então a trabalhar, aproveitando e adaptando sua experiência na Índia e na África entre os Zulus e outras tribos selvagens. Reuniu uma biblioteca especial e estudou nestes livros os métodos usados em todas as épocas para a educação e o adestramento dos rapazes, desde jovens espartanos, os antigos bretões, os peles-vermelhas, até os nossos dias. Lenta e cuidadosamente, B-P foi desenvolvendo a idéia do escotismo. Queria estar certo de que a idéia podia ser posta em prática, e por isso, no verão de 1907 foi com um grupo de 20 rapazes para a ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, para realizar o primeiro acampamento escoteiro que o mundo presenciou. O acampamento teve um completo êxito.
Escotismo Para Rapazes
Escotismo Para Rapazes
Nos primeiros meses de 1908, lançou em seis fascículos quinzenais o seu manual de adestramento, o “Escotismo para Rapazes” sem sequer sonhar que este livro iria por em ação um movimento que afetaria a juventude do mundo inteiro.
Mal tinha começado a aparecer nas livrarias e nas bancas de jornais e já surgiram patrulhas e tropas escoteiras não apenas na Inglaterra, mas em muitos outros países. O movimento cresceu tanto que em 1910, B-P compreendeu que o Escotismo seria a obra a que dedicaria a sua vida. Teve a visão e a fé de reconhecer que podia fazer mais pelo seu país adestrando a nova geração para a boa cidadania do que preparando um punhado de homens para uma possível futura guerra.
Pediu então demissão do Exército onde havia chegado a tenente-general e ingressou na sua “segunda vida”, como costumava chamá-la, sua vida de serviço ao mundo por meio do Escotismo.
Em 1912 fez uma viagem ao redor do mundo para contatar os escoteiros de muitos outros países. Foi este o primeiro passo para fazer do Escotismo uma fraternidade mundial.
A Primeira Guerra Mundial momentaneamente interrompeu este trabalho, mas com o fim das hostilidades foi recomeçado, e em 1920 os escoteiros de todas as partes do mundo se reuniram em Londres para a primeira concentração internacional de escoteiros: o Primeiro Jamboree Mundial. Na última noite deste Jamboree, a 6 de agosto, B-P foi proclamado “Escoteiro-Chefe-Mundial” sob os aplausos da multidão de rapazes.
O Movimento Escoteiro continuou a crescer. No dia em que atingiu a “maioridade” completando 21 anos contava com mais de 2 milhões de membros em praticamente todos os países do mundo. Nesta ocasião, B-P recebeu do rei Jorge V a honra de ser elevado a barão, sob o nome de Lord Baden-Powell of Gilwell. Mas apesar deste título, para todos os escoteiros ele continuou e continuará sempre sendo B-P, o Escoteiro-Chefe-Mundial.
Quando suas forças afinal começaram a declinar, depois de completar 80 anos de idade, regressou à sua amada África com a sua esposa, Lady Baden-Powell, que fora uma entusiástica colaboradora em todos os seus esforços, e que era a Chefe-Mundial das “Girl Guides” (bandeirantes), movimento também iniciado por Baden-Powell.
Fixaram residência no Quênia em um lugar tranqüilo e com um panorama maravilhoso: florestas de quilômetros de extensão tendo ao fundo montanhas de picos cobertos de neve. Foi lá que morreu B-P, em 8 de janeiro de 1941 faltando um pouco mais de um mês para completar 84 anos de idade.

Lei Escoteira


LEI ESCOTEIRA

Conceitos inerentes à Lei Escoteira

Honra, integridade, lealdade, presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza, responsabilidade, disciplina, coragem, ânimo, bom-senso, respeito pela propriedade e auto-confiança.
Quando Baden-Powell idealizou a Lei Escoteira, decidiu não estabelecer leis proibitivas, mas conceitos para formação de pessoas benévolas, para que, desta forma, o jovem escoteiro tivesse onde se espelhar e pudesse se orientar.

Os dez artigos da Lei Escoteira

1. O ESCOTEIRO TEM UMA SÓ PALAVRA; SUA HONRA VALE MAIS DO QUE A PRÓPRIA VIDA.
"A Honra para um Escoteiro é ser digno de toda confiança. Como um Escoteiro, nenhuma tentação, por maior que seja, e embora seja secreta, irá persuadi-lo a praticar uma ação desonesta ou escusa, mesmo muito pequena. Você não voltará atrás a uma promessa, uma vez feita. A palavra de um Escoteiro equivale a um contrato. Para um Escoteiro, a verdade, e nada mais que a verdade." Baden-Powell
2. O ESCOTEIRO É LEAL.
"O Escoteiro é leal à Pátria, à Igreja, às autoridades do governo, aos seus pais, seus chefes, seus patrões e aos que trabalham como seus subordinados. Como um bom cidadão, você é de uma equipe, jogando o jogo honestamente, para o bem do conjunto. Você merece a confiança do governo de sua pátria, do Movimento Escoteiro, dos seus amigos e companheiros de Patrulha, de seus patrões ou de seus empregados, que esperam que você seja correto, fazendo o melhor possível, em benefício deles, ainda quando eles não correspondem sempre bem ao que você espera deles. Além disso, você é leal também a si mesmo; você não quer diminuir seu respeito a si mesmo jogando mal de propósito; nem vai querer decepcionar ou ficar em falta com outro homem, nem, tampouco, com outra mulher." Baden-Powell
3. O ESCOTEIRO ESTÁ SEMPRE ALERTA PARA AJUDAR O PRÓXIMO E PRATICA DIARIAMENTE UMA BOA AÇÃO.
"O dever do Escoteiro é ser útil e ajudar a todos. Como Escoteiro, seu mais alto objetivo é servir. Você deve merecer a confiança de que, em qualquer ocasião, estará pronto a sacrificar tempo, trabalho, ou, se necessário, a própria vida pelos demais. O sacrifício é o sal do serviço." Baden-Powell
4. O ESCOTEIRO É AMIGO DE TODOS E IRMÃO DOS DEMAIS ESCOTEIROS.
"É amigo ou irmão, não importando a que país, classe ou credo o outro possa pertencer. Como Escoteiro, você reconhece as demais pessoas como sendo, com você, filhos do mesmo Pai, e não faz caso de suas diferenças de opinião, casta, credo ou país, quaisquer que elas sejam. Você domina os próprios preconceitos e procura encontrar as boas qualidades que tenham; o defeito deles qualquer um pode criticar. Se você põe em prática esse amor pelas pessoas de outros países e ajuda a fazer surgir a paz e a boa vontade internacionais, isto será o Reino de Deus na terra. O mundo inteiro é uma fraternidade." Baden-Powell
5. O ESCOTEIRO É CORTÊS.
"Como os antigos cavaleiros, você, sendo um Escoteiro, é, sem dúvida, polido e atencioso com as mulheres, velhos e crianças. Mas, além disso, você é polido mesmo com aqueles que estão contra você. Aqueles que têm razão, não precisam perder a calma; aqueles que não têm razão, não podem se dar ao luxo de perdê-la." Baden-Powell
6. O ESCOTEIRO É BOM PARA O ANIMAIS E AS PLANTAS.
"Você reconhecerá como companheiras as outras criaturas de Deus, postas, como você, neste mundo, durante certo tempo, para gozar suas existências. Maltratar um animal é, portanto, um desserviço ao Criador. Um Escoteiro deve ter um grande coração." Baden-Powell
7. O ESCOTEIRO É OBEDIENTE E DISCIPLINADO.
"O Escoteiro obedece, de boa vontade, sem vacilar, às ordens de seus pais, Monitores e Chefes. Como Escoteiro, você se disciplina e põe-se, profunda e voluntariamente, às ordens das autoridades constituídas, para o bem geral. A comunidade mais feliz é a comunidade mais disciplinada; a disciplina, porém, deve vir do íntimo, e nunca ser imposta de fora. Por isso, tem um grande valor o exemplo que você der aos demais nesse sentido." Baden-Powell
8. O ESCOTEIRO É ALEGRE E SORRI NAS DIFICULDADES.
"Como Escoteiro você será visto como o homem que não perde a cabeça e que agüenta qualquer crise com ânimo alegre, coragem e otimismo." Baden-Powell
9. O ESCOTEIRO É ECONÔMICO E RESPEITA O BEM ALHEIO.
"Como Escoteiro, você olhará para o futuro e não irá dissipar tempo e dinheiro com prazeres do momento, mas, ao contrário, fará uso das oportunidades do momento tendo em vista o futuro sucesso. Você fará isso com a idéia de não ser um ônus, mas uma ajuda para os demais." Baden-Powell
10. O ESCOTEIRO É LIMPO DE CORPO E ALMA.
"O Escoteiro é limpo em pensamento, palavra e ação. Como Escoteiro, espera-se que você tenha não só uma mente limpa, como também uma vontade limpa; seja capaz de controlar quaisquer tendências intemperadas do sexo; dê um exemplo aos demais sendo puro, franco, honesto em tudo que pensa, diz ou faz." Baden-Powell

Privilégios de quem acampa

Privilégios Exclusivos de Quem Acampa

Existem alguns privilégios que só tem quem acampa. E se for no outono, melhor ainda. Veja só:
· Dormir em barraca.
· Comer uma comida gostosa.
· Escutar as crianças dizerem que não dormiram por uma série de motivos, sendo que na noite anterior ficaram até tarde conversando...
· Visão espetacular da natureza.
· A inspiração e a presença de Deus.
· Cânticos alegres, animados e bonitos.
· Escutar histórias junto à fogueira.
· Sentir o calor da fogueira.
· Admirar as faíscas que sobem e o contraste da fogueira com a noite escura.
· Acordar alguém que já está dormindo ao final da programação da fogueira.
· Sentir a barraca gelar às 4 horas da manhã.
· Aprender coisas novas.
· Conhecer melhor as pessoas.
· Acampar no alto de um morro e admirar a paisagem.
· Deslumbrar-se com o amanhecer, quando é visto um mar de algodão formado pela cerração, com várias ilhas que são as pontas dos morros.
· Maravilhar-se com o pôr do sol.
· Emocionar-se com a beleza de uma noite completamente estrelada.
· Sentir o ar frio da noite.
· Caçar um tal de "tirisco" e ainda não encontrar "o dito cujo".
· Contar piadas ao redor do fogo.
· Rir das piadas ao redor da fogueira.
· Seguir trilhas em meio à natureza.
· Pelo menos uma noite ir dormir tarde.
· Escutar apenas o barulho dos grilos.
· Escutar apenas o silêncio da natureza.
· Escutar o canto dos pássaros.
· Sair da rotina.
· Evitar o "stress".
· Esquecer um pouco as coisas artificiais e supérfluas da nossa vida.
· Valorizar o que temos.
· Aprender um pouco mais de humildade.
· Reafirmar o segredo do sucesso: a união.
· Extravasar alegria.
· Brincar.
· Sorrir.
· Sonhar.
· Ver, ouvir e sentir coisas novas.
· Sentir o calor do sol.
· Crescer física, mental e espiritualmente.
· Aprender valiosas e importantes lições.
· Valorizar ainda mais a amizade.
· Relembrar que temos um Grande Deus!!!
· Esquecer a televisão e o computador.
· Valorizar as coisas simples da vida.
· Carregar uma mochila pesada.
· Chegar em casa e lembrar que esqueceu algo no acampamento!!!
· Brincar com os amigos.
· Perceber o cuidado e a proteção de Deus.
· Ter histórias para contar.
· Aproveitar alguns dos melhores momentos de nossa vida!!!

O MINISTÉRIO SEMPRE ALERTA ADVERTE
ACAMPAR FAZ BEM!

Barracas

Barracas

A barraca é o equipamento principal do acampamento. Ao comprar a barraca deve-se pesquisar muito bem, pois a grande variedade de modelos, marcas e materiais pode confundir o comprador. Deve-se ter em mente na hora da compra o número de pessoas a que a barraca se destina, se vai ser levada de carro ou carregada nas costas, etc.
Há modelos importados de qualidade superior e mesma faixa de preço que os modelos nacionais, que perdem de longe quando o assunto é acabamento da barraca. Basta comparar.

Eis algumas características de alguns modelos mais comuns:
    1. Barraca do tipo Canadense
    • É um dos modelos mais tradicionais, de formato triangular quando vista de frente.
    • Fácil de montar, pode ser encontrada em tamanhos variados.
    • Como sua armação geralmente é de metal, é pesada para ser carregada a pé por trechos longos.
    • O material também influi na escolha, sendo as feitas de lona mais quentes e pesadas que as fabricadas em nylon.

    2. Barraca do tipo Bangalô
    • Também tradicional, parece uma casa. Tem quartos e uma varanda onde pode ser instalada a cozinha.
    • É muito pesada por possuir a armação de metal e ser fabricada em lona.
    • Abriga no mínimo 5 pessoas. Boa para famílias inteiras.

    3. Barracas do tipo Iglu
    • Vários modelos, de formato variável, desde o tradicional iglu até modelos tubulares semelhantes a casulos.
    • Há modelos grandes de base hexagonal com capacidade para mais de cinco pessoas.
    • A armação é de fibra sintética (vidro, carbono), muitas vezes mais leve que as armações metálicas.
    • São fabricadas em nylon e muito leves para carregar.
    • Perdem em durabilidade para as de armação metálica.
MONTANDO BARRACAS

Diversos são os tipos de barracas, havendo também improvisações com lonas de diferentes tamanhos.
Obs.: não se devem armar barracas em terrenos em declives fortes (grandes inclinações), cabeça de morro ou crista de serra, em solo úmido e argiloso, em que possa formar poças de lama, ou em terreno perigoso em que a irregularidade de fincar estacas e espeques prejudicando o trabalho de instalação.
Os terrenos arenosos exigem cuidados especiais na fixação dos espeques ou estacas para maior segurança da barraca.
Espeques ou Estacas - serão cravados no solo de modo a construírem uma boa ancoragem; o ângulo do material a se cravado no solo e de 45 graus em relação ao terreno.
Piso da Barraca - é necessário uma boa impermeabilização. A irradiação do calor terrestre traz sempre umidade pela evaporação.
As paredes da barraca devem estar ajustáveis ao solo, para que não haja corrente de ar e não entre pequenos animais (alguns perigosos).
BARLAVENTO - é o lugar onde sopra o vento.
SOTAVENTO - é o lugar para onde vai o vento.
A barraca deve Ter a porta de entrada voltada para o sotavento, para evitar maiores prejuízos. Pode-se verificar com facilidade a direção do vento: movimento da copa das árvores, soltando no ar folhas, pedaços de papel, uns poucos de pó, umedecendo o dedo e notando de que lado ele esfria mais depressa. A insolação da barraca é indispensável, assim como seu arejamento.

PERMITINDO O AREJAMENTO DA BARRACA:
Deve estar colocada de modo a receber os raios solares, de preferência pela manhã, ou pelo menos durante seis ou oito horas. Por outro lado, sua fixação deve possibilitar o levantamento das abas ou extremidades durante o dia, para que o movimento do ar retire a umidade decorrente da evaporação do solo. Não estando chuvoso o tempo, todo material existente no interior da barraca deve ser inteiramente exposto ao sol.

Principais Regras de um Acampamento.

Regras de um Acampamento

. Seja pontual – O atraso irá causar perca de pontos para a equipe
. Será feito as chamadas das equipes em cada atividade, esteja Presente!!!
. Nenhum acampante deve ultrapassar os limites estabelecidos para o acampamento sem autorização
. Cuidar dos objetos pessoais
. Usar trajes adequados para cada momento
. Durante as atividades, dar o melhor de si e estimular o melhor dos outros
. Evitar todo espírito de competição valorizando a participação
. Respeitar a privacidade dos outros
. Não permitir em qualquer situação o surgimento de discussões e brigas
. Estão proibidas brincadeiras de mau gosto...
.Respeitar os responsáveis pela ordem e seguir suas orientações
.Zelar pela limpeza e ordem do acampamento com o objetivo de deixá-lo melhor do que foi recebido
. Não entrar nas dependências da cozinha, a menos que seja solicitado
.Silêncio após o horário estabelecido

Como utilizar seu facão e sua machadinha.

Facão e machadinha


Facão

A machadinha é um machado de pequenas dimensões, que é adequada para cortar a lenha que precisamos para a cozinha. O facão é indicado para abrir uma trilha no mato, que fechou por falta de uso; limpar de pequenos arbustos o local que você vai montar seu acampamento; e realizar trabalhos leves, substituindo a machadinha, como, por exemplo, fazer entalhes para encaixar peças de pioneirias, fazer ponta em vara de pequeno diâmetro, etc.
Para usá-los, siga estas regras de segurança:

Machadinha2.jpg


  • Trabalhe afastado dos demais, de preferência a uns 3m de distância da pessoa mais próxima.
  • Trabalhe de preferência no "canto do lenhador", ou seja, aquela área cercada onde apenas a pessoa da patrulha encarregada de cortar lenha deve entrar. Neste canto também há um tronco seco e grosso, também chamado de cepo, que serve para apoiar o que está sendo cortado.
  • Quando golpear, faça-o sempre para fora de seu corpo. Observe que se o facão ou machadinha errar o alvo, não atinja nenhuma parte de seu corpo.
  • Não fique andando de um lado para o outro com a ferramenta na mão.
  • Terminado o trabalho, limpe a ferramenta e passe um óleo ou graxa para evitar que enferruje.
  • Não use a machadinha como martelo ou marreta.
  • Preste muita atenção quando passar a ferramenta para outra pessoa. Tenha certeza que ela está firmemente segurando a ferramenta.
Machadinha3.jpg

Lâmina dos instrumentos

Observe com atenção os desenhos abaixo que mostram como deve se proceder para amolar a machadinha. O facão e a machadinha devem possuir um formato específico do fio, para realizar o corte. Esse fio deve ter o formato triangular, e sem dentes, como mostra a figura.
Machadinha4.jpg

Corte.jpg
Por isso, quando amolamos o facão ou a machadinha, devemos utilizar uma pedra específica para amolar, fazendo movimentos circulares a fim de ter um instrumento afiado, pronto para qualquer utilização.

Segurança

Toda vez que utilizamos instrumentos de corte como o facão e a machadinha, devemos ter uma área de manuseio para o instrumento, denominada área ou círculo de segurança. Essa área é demarcada através de um círculo delimitado com o instrumento em uso. Para demarcá-lo, devemos segurar o instrumento pela parte metálica de tal forma que não nos machuquemos, e com o braço esticado a 90 graus do corpo, limitar o local onde o instrumento de corte será usado. Caso alguém esteja dentro da circunferência marcada, está deverá ser afastada, de forma que não seja atingida pelo facão ou machadinha.

Como Organizar uma Mochila?

SUGESTÕES
MOCHILA PARA BIVAQUE
mochila confortável e pequena
1 calça comprida
1 bermuda ou shorts
2 camisetas
máquina fotográfica com filme
calçado reserva, confortável
1capa de chuva ou anoraque
1 cantil ( 1 litro)
1 material de higiene pessoal *
1 material de cozinha, pessoal **
1 chapéu / boné / gorro
1 par de meias
1 agasalho
1 impermeável ou capa de chuva
1 pequena farmácia pessoal
repelente para mosquitos

MOCHILA PARA JORNADA 2 DIASmochila confortável média
2 camisetas
1calça comprida
1calção
2 roupas íntimas
3 pares de meias
1 agasalho
1 impermeável ou capa de chuva
1 cobertor grosso ou saco de dormir ou rede
1 tênis confortável reserva
1 material de higiene pessoal
1 material de cozinha, pessoal
1 lanterna pequena e pilhas reserva
1 canivete ou faca
1 cantil de 1 litro
1 pequena farmácia pessoal
maquina fotográfica com filme
FARMÁCIA PESSOAL
4 gazes, anti-séptico, band-aid, pinça, telefones de emergência, tesoura, pomada contra irritação, analgésico, algodão, bandagem triangular e outros medicamentos necessários dependendo de pessoa para pessoa.


Check list Arrumando a Mochila


A relação de materiais e equipamentos a seguir, procura orientar “como” e “o que” levar numa atividade de campo. Lembre-se que um escoteiro tem de ser capaz de levar sua própria mochila, portanto observe sempre estes princípios básicos:

QUANTO MENOS PESO MELHOR
QUANTO MENOS VOLUME MELHOR
  • TODO material deve ser IDENTIFICADO com o seu nome.
  • Leve roupas e tênis confortáveis e de preferência mais VELHOS.
  • Na mochila coloque cada item num saco plástico, cuidando para que as roupas, toalhas e coisas macias fiquem no lado que estará em contato com suas costas e coisas duras no fundo. Objetos que serão usados freqüentemente devem ser colocados na parte de cima (material de higiene, prato, caneca, etc.).

O que levar para um acampamento de 3 dias

O material listado a seguir é suficiente para um acampamento de 3 dias (2 noites). Qualquer coisa adicional significa apenas peso e volume. 

Vestuário

Uniforme
03 camisetas
02 cuecas
01 conjunto de moletom
02 shorts ou bermuda
01 calção de banho
03 pares de meia
01 capa de chuva
01 agasalho para frio
01 tênis sobressalente
01 chinelo
01 calça jeans

Equipamento

01 mochila
01 saco de dormir
Isolante térmico para forrar o chão
Lanterna pequena com pilhas novas
Pilhas sobressalentes
Faca escoteira (só escoteiros com etapa rumo)
Canivete (só escoteiro com etapa trilha)
Caneta e papel
Sacos plásticos para roupas sujas
01 estojinho de “utilidades” (linha, agulha, etc.)
01 repelente contra insetos (não spray)
Protetor solar

Higiene

01 saboneteira com sabonete
01 pasta dental pequena e escova de dente
01 pente ou escova de cabelo
01 toalha de banho pequena

Alimentação

01 sacola de pano para guardar os utensílios
01 prato fundo de plástico (não descartável)
01 caneca de plástico (não descartável)
01 colher, garfo e faca (não descartável)

O que é proibido levar

  • Vidros, louças ou qualquer outro tipo de material que ao quebrar possa provocar ferimentos.
  • Mini-games, brinquedos, walk-man, bichinho virtual, rádios ou qualquer outro tipo de bugiganga pois não haverá tempo para uso, aproveite a oportunidade do contato com a natureza fazendo coisas diferentes daquelas que podemos fazer na cidade.
  • Balas, chocolates, salgadinhos ou qualquer outro tipo de “contrabando”, descontrola a alimentação e causa distúrbios orgânicos, além disto, podem gerar problemas de relacionamento e/ou algum desconforto entre os elementos, além de atrair para a barraca, formigas e outros visitantes indesejáveis.

Amarras


Diagonal
 A amarra diagonal é usada para unir dois bastões formando um grau maior ou menor que 90º.
 
Como fazer:

 1.
 Começamos a amarra, com o nó Fiel ou a Volta da Ribeira, sempre pela base, ou seja, aquela que ficará na parte de baixo da amarra.
 2. Damos três voltas no sentido "baixo para cima", e depois mais três voltas no sentido "direita para esquerda".
 3. Agora vem a parte do "arroxo"ou "enforcamento", passando o cabo ao redor da amarra (por entre os bambús) por três vezes.
 4. Finalizamos a amarra com um Fiel do lado oposto ao inicial (conforme na figura).



Paralela
A amarra paralela serve para unir dois bastões de forma a prolongá-los ou reforçá-los.
 
Como fazer:

 1.
 Começamos a amarra, com o nó Fiel ou a Volta da Ribeira, sempre pela base, ou seja, aquela que ficará na parte de baixo da amarra.
 2. Damos uma série de voltas em torno dos dois bambús.
 3. Como de costume, temos a parte do "arroxo"ou "enforcamento", passando o cabo entre os bambús, deixando os dois bambús imóveis.
 4. Finalizamos a amarra com um Fiel do lado oposto ao inicial (como na figura).



Quadrada
 A amarra quadrada serve para fixar dois bastões perpendicularmente.
 
Como fazer:

 1.
 Começamos a amarra, com o nó Fiel ou a Volta da Ribeira, sempre pela base, ou seja, aquela que suportará o peso da pioneiria.
 2. Nesta amarra devemos "trançar"o cabo com os bambús, formando o desenho de um quadrado, como na figura.
 3. É importante que a cada volta, passamos o cabo pela parte de dentro da amarra, para deixá-la mais firme.
 4. Finalmente, temos a parte do "arroxo"ou "enforcamento". Devemos passar o cabo por em torno da amarra.
 5. Finalizamos a amarra com um Fiel do lado oposto ao inicial.







Tripé
Esta amarra serve para construir tripés que servem para sustentar objetos como o lampião.
 
Como fazer:

 1.
 Começamos a amarra, com o nó Fiel ou a Volta da Ribeira, sempre pela base, nunca pelo bambú do meio.
 2. Na amarra de tripé, devemos "trançar" o cabo com os bambús, pasando o cabo primeiro por cima, o segundo por baixo, e o terceiro por cima, e na volta o inverso.
 Devemos fazer de seis a dez entrelaçamentos.
 3. Temos a parte do "arroxo"ou "enforcamento". Devemos passar o cabo por entre os bambús, para firmá-los, não aperte muito, pois se o fizer, não coseguirá colocá-lo de pé na forma de tripé.
 4. Finalizamos a amarra com um Fiel (como na figura).
 Atenção: devemos deixar, na que será a superior pontas para que elas se apoiem dando maior resistência à pioneiria.

Fogueiras

Fogueira:

Local

Na maioria dos campings, existem lugares reservados para fazer fogo. Em outros locais se precisa pedir autorização do proprietário. Escolha um local bem aberto, longe das barracas, das árvores e das moitas. Lembre-se que é proibido fazer fogo na mata ou em florestas.
Atenção: jamais acenda fogo se há vento, ou se a vegetação está muito seca.
Prepare o local para a sua fogueira com cuidado. Limpe a área e remova as folhas, raminhos, gravetos, musgo e capim seco, a fim de não estabelecer um incêndio geral na floresta. Se o chão estiver seco, raspe tudo até chegar à terra pura. Se a fogueira tiver de ser acesa sobre terra molhada, arme-a sobre uma plataforma de toras ou de pedras chatas.

Como fazer a fogueira

Após escolher o local, isole-o e limpe-o, retirando as folhas, raminhos, gravetos, musgos e capim seco, para evitar que o fogo se propague sem que você possa controlá-lo. Se o solo estiver seco, raspe-o até chegar ao ponto de ali só ter mesmo terra; se estiver molhado, construa antes uma plataforma de pedras chatas.
Procure materiais de fácil inflamação, tais como gravetos finos e bem secos, casca de árvore seca, folhas de palmeira, musgo solto, capim seco, pequenas lascas de madeira seca, madeira podre. Reúna e disponha esse material de uma forma que permita a circulação de oxigênio, pois assim o fogo arderá mais rapidamente. Deixe à mão pedaços de madeira (árvores mortas, galhos secos) cada vez maiores para adicionar à chama inicial, tomando sempre o cuidado de não abafar o fogo e extinguir a chama. Tome o cuidado de cercar a fogueira com pedras, para impedir que as brasas se espalhem e principiem incêndios.

Como preparar a fogueira

1. cave um buraco de 15 cm de profundidade por 40 cm de largura
2. forme um círculo com pedras grandes em torno do buraco e prepare um balde de água em uma pá
3. acenda o fogo no buraco com folhas e galhos secos, depois você colocar lenha maior

Combustível

A maior parte dos combustíveis não se inflama ao contato direto de um fósforo aceso. Para iniciar a sua fogueira, você precisará de material facilmente inflamável.
Eis alguns materiais de fácil ignição: gravetos finos e bem secos, casca de árvore, bem seca, folhas de palmeira, raminhos secos, musgo solto que se encontra no chão, capim seco e ainda em pé, fetos de samambaias, pequenos pedaços de pau, rache-os e corte lasquinhas finas e compridas. Todo o material desta espécie que sobrar deverá ser cuidadosamente resguardado da umidade.
Para lenha, use a madeira de árvores mortas e secas e também galhos secos. E fácil quebrar e rachar madeira seca, basta bater com ela de encontro a uma rocha qualquer. Na madeira caída no chão, como por exemplo, um tronco de árvore, poderá estar seco mesmo que a parte de fora esteja úmida.
Quase em toda parte é possível encontrar madeira verde que queime, especialmente quando picada em pequenos fragmentos. Nas áreas sem árvores você poderá achar outros combustíveis naturais, como capim seco, que poderá ser reunido em pequenos molhos, o esterco, a gordura animal e às vezes até o carvão.

Dicas

Para acender o fogo, você tem que achar materiais que queimem rápido. Uma faísca deve ser suficiente. Para que isto aconteça. Pode empregar capim e folhas secas, pinhas quebradas e pequenos galhos secos.
Obter lenha pequena
A melhor lenha são os galhos mortos no chão. Mesmo se estiver úmida, queimará melhor que lenha verde.
A escolha da lenha
A madeira dura queima bem, dá muito calor e bonitas brasas que ficam vermelhas por muito tempo. A lenha mais mole queima muito ligeiro (se consome mais rápido) e produz chamas mais altas.

Como acender uma fogueira sem fósforos

Utilizando madeira podre, fibras vegetais, corda, ramagens secas, tiras finas de casca de árvore, madeira pulverizada bem seca, fios de pano, gaze para curativos, penas finas de pássaros ou ninhos de passarinho ou de ratos campestres prepare uma mecha (ou isca) e acenda-a utilizando um destes métodos:

Com lente de vidro:

A chama poderá ser obtida fazendo-se incidir na isca os raios solares, através da lente de um binóculo, de uma câmera fotográfica, lente de óculos, etc. Concentre os raios solares sobre a mecha com uma lente, que pode ser a de uma máquina fotográfica ou a lente convexa de um binóculo.
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Pedra dura

Golpeando-se uma pedra dura com uma faca, dedaço de aço ou outra pedra dura, resultarão faíscas que atingindo a isca, produziram fogo. Segure um fragmento de rocha bem dura o mais perto possível da mecha. Com a lâmina de uma faca ou um pedaço qualquer de aço fira a rocha com movimentos de cima para baixo, rapidamente e bem próximo à mecha, para que as faíscas assim produzidas caiam bem no seu centro. Uma vez acesa a mecha, assopre-a ou abane-a com cuidado, até surgir a chama. Feito isso, vá adicionando à mecha a lenha antes preparada, começando sempre pelos gravetos mais finos e aumentando o tamanho da lenha aos poucos. Na colocação da lenha, vale dizer mais uma vez, todo o cuidado deve ser tomado para não abafar a chama, dispondo a madeira de forma que o oxigênio continue a ter acesso ao interior da fogueira.
Este é um método eficaz de fazer fogo sem o auxílio de fósforos. Para isto, utilize a pederneira (pedra dura). Se você não dispuser de pederneira, veja se arranja um fragmento de rocha bem dura, com o qual possa produzir faíscas.
Se o fragmento quebrar-se ou até deixar riscar com demasiada facilidade quando atingido pelo aço, jogue-o fora e arranje outro pedaço. Aproxime as mãos prontas para bater na pederneira, por cima e bem próximas à isca, que deverá estar perfeitamente seca. Com a lâmina da faca ou um pequeno pedaço de aço, fira a pederneira em movimentos rápidos, de cima para baixo de modo que as faíscas produzidas caiam bem ao centro da isca. Juntando-se à isca umas poucas gotas de gasolina, antes de deflagrar as faíscas, a ignição da isca será facilitada.
Uma vez acesa a isca, abane-a suavemente até surgir uma chama. Leve então a isca incendiada até o ponto onde deverá ter princípio a fogueira, ou então vá ajuntando gravetos e pequenas iscas de madeira seca sobre a isca até que a fogueira pegue definitivamente.
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Com pilhas e bombril

Um pedaço de palha de aço (bombril) ou outro material semelhante, de fraca resistência, ligado aos pólos de duas pilhas ou a uma bateria incendiar-se-á facilmente. Também poderá provocar faíscas com dois pedaços de fios ligados aos pólos (positivo e negativo) da bateria. Leve as pontas destes fios junto à isca e os encontre e afaste rapidamente, o resultado será um curto-circuito, com faíscas suficientes para ignição da isca, ou seja, pegue duas pilhas na mesma posição que ficam na lanterna. Espiche e enrole uma fina mecha de bombril e feche curto ligando da ponta + da primeira pilha à parte negativa da segunda pilha. O bombril não agüenta a carga e incendeia. Tenha iscas de fogo preparadas à mão.
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Se você se perdeu com seu carro, você pode utilizar a bateria dele para criar a fagulha.
  • Encontre alguns fios do veículo (qualquer fio do motor serve).
  • Prenda dois pedaços de fio a cada terminal da bateria.
  • Reúna o material inflamável e encoste os fios por sobre ele (isso deve criar uma fagulha e o material vai começar a queimar).
  • Sopre gentilmente para alimentar a chama.
  • Quando o material estiver aceso, leve-o rapidamente ao fosso da fogueira e acrescente lascas para acelerar a combustão.

Tira

Fazendo-se atrito com uma tira de couro ou uma corda de qualquer fibra num tronco morto ou seco, junto à uma isca, acender-se-á o fogo.
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Madeira com madeira

Utiliza-se o atrito das madeiras para se acender a isca
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Atrito

Essa técnica requer paciência e muita determinação, mas funciona bem.
  • Encontre uma peça de madeira macia com cerca de 45 cm de comprimento e 5 cm de largura que servirá como placa de atrito. Salgueiros e álamos fornecem boa madeira para isso e é fácil encontrá-los perto de rios e lagos.
  • Escave uma ranhura de 2,5 cm de largura e de 15 a 20 cm de comprimento no centro da placa, a cerca de 5 cm de qualquer das duas pontas. Use uma faca ou uma pedra afiada.
  • Encontre um graveto de madeira sólida para gerar o atrito. O comprimento da peça deve ser de cerca de 30 cm e uma das extremidades precisa ser pontiaguda.
  • Coloque a placa no chão e insira o graveto na ranhura.
  • Mova o graveto para frente e para trás ao longo da ranhura com pressão moderada, a fim de criar pequenas porções de serragem.
  • Quando houver um volume suficiente de serragem, eleve a ponta da placa e a apóie no joelho. A serragem se acumulará na ponta mais baixa da ranhura.
  • Esfregue a ranhura o mais rápido possível com o graveto, exercendo pressão forte, até que a serragem se inflame. Assopre lentamente o material inflamável até conseguir uma chama que você possa usar para iniciar a fogueira.
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Arco

Trata-se de outro método de fricção que requer algum tempo de aperfeiçoamento. Os itens a seguir serão necessários.
  • Soquete - pedra lisa, do tamanho da mão, com uma ligeira depressão de um lado.
  • Broca - uma vara de madeira rígida e forte, com cerca de 30 cm de comprimento e de 3 a 5 cm de diâmetro.
  • Placa base - uma placa lisa de madeira macia com cerca de 30 cm de comprimento, 15 cm de largura e 2 cm de espessura.
  • Arco - uma vara flexível de madeira verde com cerca de 2,5 cm de diâmetro e de 45 a 60 cm de comprimento.
  • Cordão - cordões de sapatos servem perfeitamente
Depois de reunir o material, é hora de acender o fogo.
  • Crie uma depressão pequena e arredondada no centro da placa base.
  • Faça um corte em V apontando para baixo no centro da placa, de forma que ele se alinhe com a depressão.
  • Dobre o arco em forma de meia-lua e o amarre com os cordões de sapatos.
  • Posicione a placa no chão e uma pequena quantidade de material inflamável sobre o corte em V.
  • Segure a placa com o pé para propiciar estabilidade e posicione o arco em torno da broca, apoiada na depressão central da placa.
  • Coloque o soquete sobre a broca, pressione moderadamente e acione a broca com movimentos repetitivos do arco. Isso fará com que a broca gire e criará um pó preto e quente que cairá sobre o material inflamável. Em pouco tempo, surgirão chamas e você poderá transferir o material inflamável aceso para o local da fogueira.
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Lata de refrigerante e chocolate

Como muita gente não recolhe o lixo que deixa em locais de acampamento, você pode achar uma lata de refrigerante na mata. Caso você tenha chocolate, creme dental ou detergente em pó, use o método a seguir.
* Esfregue chocolate ou outro abrasivo no fundo da lata.
* Use a embalagem do chocolate ou uma peça de roupa para esfregar a lata e poli-la.
* Acrescente chocolate e continue polindo por cerca de 30 minutos.
* Remova o abrasivo da lata com água. Você quer uma superfície brilhante e reflexiva.
* Quando tiver uma boa superfície, incline a lata para o sol e segure material inflamável a cerca de 2 cm do centro da lata.
* Como uma lente convexa, a lente produzirá um foco de calor concentrado e o material começará a queimar.
* Assopre gentilmente para espalhar a chama e transfira o material rapidamente para a área da fogueira.
* AVISO - não coma o chocolate ou pasta de dente que usou porque ele conterá alumínio, produto altamente tóxico.

Usando gelo

A técnica é uma variação do método que usa uma lente de aumento, no caso substituída por gelo.
* Encontre ou faça uma lente esférica de gelo com cerca de 5 a 7 cm de espessura em sua porção central. O gelo precisa ser transparente para que o método funcione. Caso você tenha uma panela, use-a para congelar água.
* Remova as porções turvas do gelo e apare o gelo em formato redondo e abaulado como uma lente de aumento.
* Use o calor de suas mãos para alisar o gelo - quanto mais liso, melhor.
* Obter gelo transparente é o grande desafio da técnica e não existe método garantido. O gelo de lagos e rios tem mais chance de ser transparentes.
* Assim que você tiver dado forma à sua lente, use o sol para concentrar um ponto de calor no material inflamável. Caso o calor não baste para inflamar o material, continue trabalhando para dar o formato correto à sua lente.

Bomba de atrito

Outro método pouco usado é através de uma Bomba de Atrito.
Você poderá construir sua Bomba de Atrito em apenas algumas horas de atividade, certamente você se surpreendera com o resultado, alem de ser uma ferramenta muito útil nos acampamentos, é uma excelente atividade.
Repare nas fotos que a um peso na ponta da Bomba de Atrito, quanto maior o peso, maior será o atrito produzido.
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Tipos:

Fogo de Caçador

Um dos melhores para cozinhar, é o preferido dos exploradores. Escolha dois troncos verdes de cerca de 50cm de comprimento e 15cm de diâmetro cada. Coloque-os lado a lado, com a abertura mais larga virada para o lado do vento e a mais estreita será usada para apoiar as panelas. Mantenha o fogo baixo. Acrescente lenha só quando for necessário. O uso de carvão também é apropriado. Os troncos verdes podem ser substituídos por pedras grandes ou tijolos adequadamente empilhados.
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Fogo Estrela

Nada melhor que fazer uma roda de amigos ao redor deste fogo. Ele é de longa duração, com calor brando. Consome pouco combustível e não é necessário cortar lenha. Junte alguns troncos ou galhos secos, disponha-os em forma de estrela de modo que todos se encontrem no centro, onde se acende uma pequena fogueira. À medida que as pontas vão se queimando, é só empurrar os pauzinhos mais para o centro.
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Fogo Refletor

Para as noites frias, prepare este excelente aquecedor natural: construa uma pequena muralha com troncos verdes para dirigir o calor em uma só direção. Prepare a fogueira protegida na muralha. Cuide para que o vento sopre em direção à paliçada e não à barraca. Uma rocha ou barranco também podem funcionar como refletor. Neste caso, verifique se o local é bom para se armar uma barraca.
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Fogo de Trincheira

Este fogo consome pouca lenha, oferece menos riscos, não é incomodado pelo vento e não irradia tanto calor, sendo apropriado para os dias quentes. Construa uma valeta mais rasa e larga de um lado, e mais funda e estreita do outro, para que o vento sopre do lado mais largo para o mais estreito. Se o chão for duro, corte as bordas bem retas de modo que apóiem as panelas ou cruze sobre a cova alguns galhos verdes que possam apoiá-las. O único inconveniente deste fogo é ficar ao nível do chão, o que deixa seu uso um pouco desconfortável
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Fogo em cone

Características: dá bastante calor e as chamas sobem como um fio dando muita iluminação. Como os troncos são consumidos rapidamente, necessita de maior manutenção.
A base é um quadrado com 1 a 1,2m de lado, dispondo-se dentro dele numerosos troncos colocados em cone.
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Outros:

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Fogo do conselho:
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Fogo colorido

Fogos coloridos são bonitos, fáceis de fazer e servem para uso ocasional. Há vários pós e grânulos químicos, os quais produzem fogo multicoloridos quando colocados sobre a tora principal do fogo ou salpicados no fogo quando está queimando.
Cores produzidas por compostos:
  • Vermelho - Cloreto de estrôncio
  • Alaranjado - Cloreto de cálcio
  • Amarelado - Cloreto de sódio
  • Azul - Óxido de cobre
  • Verde - Cloreto de cobre ou cloreto de bórax ou ácido bórico
  • Verde mar ou púrpura - Sulfato de cobre ou cloreto de cobre
  • Roxo - Cloreto de potássio
  • Carmesim - Cloreto de lítio Misturado - Sal (peter)